sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ARQUITETURA DA PAISAGEM

Um grande desafio do mundo moderno reside na maneira de promover o equilíbrio ideal entre a arquitetura representada pelas edificações, as estruturas metálicas, o concreto e a paisagem que o cerceia, abrangendo todo o contexto ambiental, sem alterarmos, destruirmos e/ou perdermos as suas características naturais tradicionais. Eis a relevância da arquitetura da paisagem, como uma arte capaz de organizar a terra e os objetos dispostos sobre ela, para uso e deleite humanos.


Torna-se mais do que necessário haver a adoção de uma política administrativa, que priorize a integração entre o ser humano e a natureza, representado pelo paisagismo, arte, ligada às possibilidades de trabalho com a forma, a estética e a simbologia no projeto e concepção do espaço.

Somente através da qualificação profissional clara e devidamente institucionalizada, poder-se-á garantir a preservação do nosso passado, conferindo um sentido de continuidade histórica, de locus, no intuito de restabelecer um sistema estável com o fortalecimento da identidade individual e coletiva.

Lamentavelmente não podemos permitir que a relação entre a arquitetura e a paisagem seja traçada por meio de caminhos diversos, é preciso que haja funcionalidade e estética, embasadas em princípios científicos, referentes ao projeto de infra-estrutura da cidade tal como, estradas, pontes e serviços públicos.

Afinal, para alterar uma realidade, é preciso acima de tudo, conhecê-la e, um dos aspectos mais importantes, é o processo de produção de formas urbanas. Não podemos jamais alterar a estrutura geográfica de nossa região, cidade em detrimento de um processo de urbanização desestruturado, desalinhado e equivocado em relação às pontencialidades e riquezas naturais dispostas em beneficio do ser humano.

Compete ao arquiteto paisagista projetar o ambiente construído das vizinhanças, bairros e cidades enquanto também proteger e gerenciar o ambiente natural, de suas florestas, campos, vales, parques e rios.

Um bom exemplo da funcionalidade de um bom projeto, criados a princípio para uso recreativo, os parques lineares podem ser utilizados, à medida do possível, para ir ao trabalho, à escola, às compras. Produz a valorização das terras no seu entorno, surgem como elementos que melhoram a qualidade de vida, são úteis, atrativos e agradáveis.

A sociedade, nas mais diversas localidades deste imenso país, anseiam avidamente por empreendimentos habitacionais, vias expressas, mas, sobretudo, pela atratividade de parques, praças urbanas, zoológicos, os quais venham a suprir uma carência da maioria das cidades brasileiras. Para alcançarmos prosperidade no desenvolvimento da projeção das infra-estruturas urbanas, as mesmas devem estar atreladas ao bem estar do homem.

Dr. Ricardo Cavichioli Scaglion, Médico Veterinário, Diretor Técnico da Associação Ambientalista de Marília – ORIGEM, e-mail rcavichioliscaglion@yahoo.com.br

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