terça-feira, 19 de junho de 2012

LITERATURA

Secretaria da Cultura apóia livro infantil sobre superação


 
Surdez e superação. Esse é o tema principal de um livro infantil, que será publicado ainda este ano. Quem apresentou o projeto ao Secretário Municipal da Cultura André Gomes, foi o autor e intérprete de libras, João Henrique Bonini. A Secretaria Municial da Cultura dará total apoio cultural ao projeto, uma vez que parte da publicação será doada a escolas públicas, instituições da cidade e Biblioteca Municipal.

O livro, voltado ao público infantil, aborda a história de um indígena surdo, com suas dificuldades para viver em uma tribo, o preconceito que sofreu e a superação de sua deficiência. A obra está na fase de acabamento das ilustrações, que foram feitas por Guilherme José Oliveira Melo e deve estar pronto em meados de 2012.

O autor João Bonini, que trabalha há 6 anos como intérprete de libras, desenvolve seu trabalho de forma que facilite a vida de portadores da deficiência. “O livro faz um alerta às pessoas, para que vejam que a surdez não é tão complicada como parece. Pode ser facilmente superada se for trabalhada da maneira certa”, disse o autor.

Para o Secretário Municipal da Cultural, André Gomes, o incentivo à leitura e o estímulo aos autores marilienses estão entre as prioridades dos trabalhos da Secretaria da Cultura. “Estamos finalizando projetos de incentivo à leitura e também projetos para apoiar autores marilienses. Vamos dar todo apoio a este livro em especial, por ter sentido pedagógico e tratar a questão da surdez”, disse André.

2 comentários:

  1. A surdez nao pode ser considerada uma deficiência e sim uma dificuldade. Nós fazemos esta deficiência. Tive convivio de 1 ano e meio com surdos na sala de aula e sei que não era nada daquilo que pensava. Quando se falava em surdo pensava naquela pessoa que nao teria nenhuma forma de comunicação, mas depois do convivio percebi que com paciência e com carinho o convivio é normal. Tinha dias que conversava tão normalmente com alguns surdos, que tinham leitura labial, que esquecia que os mesmos tinham alguma deficiência. Então nós que dificultamos esta integração do surdo na sociedade por termos pensamentos primitivos de que o surdo nao consiguirá se comunicar conosco, mas se a população for instruida sem dúvida este preconceito poderá diminuir e até mesmo acabar. Mas nos dias atuais está mais fácil destruir um atomo do que um paradigma ou preconceito. Pedro Alves

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  2. Sim, concordo. O problema é quando o surdo não se comunica oralmente. Tenho experiências com surdos que não fazem leitura labial, são maiores de idade e apenas agora estão na sétima série do ensino fundamental. A falta de comunicação era enorme, sendo que os mesmos não tinham contato com a Língua Brasileira de Sinais. Apenas falar não é tudo para o surdo, e aqueles que falam aprenderam isso de uma maneira muito sofrida para eles. É importante que se dê ao surdo, desde pequeno, a oportunidade de construir seus conhecimentos e de interagir com o mundo e com a sociedade por meio das Línguas de Sinais.

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