segunda-feira, 27 de agosto de 2012

INCLUSÃO E ARTE

Parceria trabalhará inclusão do jovem pela arte

Juliana Fanti( Terapeuta Ocupacional), Iotti Teixeira ( psicóloga), André Gomes ( Secretário Municipal da Cultura) e Luciano Cruz ( Coordenador de Cultura)

Créditos: Helder Soares


A inclusão de pessoas tem sido pauta constante de discussão de programas de políticas públicas da Prefeitura de Marília. E neste sentido, a Secretaria Municipal da Cultura recebeu hoje a visita da psicóloga Iotti Teixeira e da terapeuta ocupacional Juliana Fanti do Hospital Espírita de Marília para desenvolver uma parceria que visa incluir jovens dependentes químicos pela arte.

A parceria objetiva levar mais arte cultura para os jovens que tratam dependência química no Hospital Espírita de Marilia, estimulando a arte em suas funções mais expressivas e terapêuticas, além de promover a autonomia e o apoderamento na vida desses jovens.

O projeto será inicialmente por formação cultural em formato de oficinas. A primeira oficina será de Hip Hop, onde os jovens trabalharão com os quatro elementos do estilo: Rap, Grafite, DJ e Breaking.

“ É importante levar cultura, arte para que eles possam ter entretenimento e também a possibilidade de reflexão pelas expressões culturais. A arte pode até ser uma profissão ou uma forma terapêutica de vida. Mas o importante é eles terem noção que por ela suas vidas também podem se modificar. E com a arte a probabilidade de sucesso do tratamento psicológico é bem melhor, vemos resultados bem positivos. , “ comenta Iotti

A oficina tem data prevista para iniciar no dia 01 de setembro, e acontecerá uma vez por semana, nas tardes de sábado, durante 3 horas, até o final do mesmo mês. No dia 01 de setembro será trabalhado o conceito de Hip Hop, no dia 08 será uma oficina de MC, dia 15 um curso de DJ e 22 workshop de dança de rua e, por fim, no dia 29 uma oficina de grafite.

Segundo o secretário municipal da Cultura, André Gomes, esta parceria é importante porque é formatada por construção de conceitos e valores e não de imposição, e a arte promove esse intercâmbio entre a sensibilidade humana e a respostas para nossas inquietações; e no caso em questão leva a reflexão e ao entretenimento, tirando os jovens do tédio existencial, funcionando como um instrumento que pode auxiliar no tratamento de dependentes químicos.

“ Fundamentalmente é uma parceria que visa levar a esses jovens dependentes químicos alternativas que possam auxiliar no tratamento e em nossa compreensão a arte e a cultura são instrumentos poderosos para auxiliar o tratamento. Existem estudos de pesquisadores que dão conta que um dos motivos que podem explicar o alto índice de uso de drogas é justamente o tédio, ou seja, a falta de opções de arte cultura, lazer e entretenimento pode vir a ser uma porta  de entrada para o mundo das drogas. Outro fator importante é que muitas vezes esses jovens se encontram nessa situação justamente porque em algum momento o estado e a sociedade falhou, nesse sentido é nosso dever buscar alternativas para reparar essa ausência.

Por fim, o secretário acrescenta que muitos gestores enxergam o problema da dependência química como caso de policia e repressão, já nosso governo acredita que é preciso enfrentar o problema de forma integrada, mantendo ações da saúde pública em conjunto com políticas educacionais e culturais.

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