quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MEIO AMBIENTE


Prefeitura recebe prêmio nacional por programa de castração e doação de gatos abandonados no bosque.


        
A Prefeitura de Marília, por intermédio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, recebe o Prêmio Destaque Nacional de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, do Instituto Biosfera, pela elaboração e execução do PPI (Programa de Proteção Integrada), para a captura, castração e doação de gatos abandonados no Bosque Municipal Rangel Pietraroia.

O Instituto Biosfera tem sede no Rio de Janeiro, atua em todo país e recebe a colaboração técnica do Insades (Instituto Sócio Ambiental para Desenvolvimento Sustentável), o único do gênero no Brasil. O PPI foi inscrito no concurso há um mês e além dele, centenas de outros projetos enviados de todo território nacional se submeteram a rígidos critérios de avaliação. Poucos recebem o prêmio.

Segundo a titular da SMA, Sonia Cristina Guirado Cardoso, o PPI foi destaque e copiado por várias cidades no 10º Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos, onde estiveram representados os mais de 20 comitês de bacias hidrográficas do estado, em São Pedro(SP)

“Esse é o primeiro prêmio de âmbito nacional que a secretaria do meio ambiente recebe e vem como reconhecimento desse trabalho extenso que é executado pela prefeitura e parceiros com muita determinação técnica. Inscrevemos o PPI no concurso nacional, pois teve grande notoriedade no Diálogo de Interbacias. Pode ser adaptado e aplicado em várias cidades do país que passam pelo mesmo problema de abandono de felinos em áreas de reserva ambiental. No nosso caso, mais de 30 gatos já foram capturados, castrados e doados”, explicou a secretária.

O prêmio será entregue dia 30 de novembro no Salão de Eventos da Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Além da secretária, também foi convidado para representar Marília, o Prefeito Ticiano Toffoli.

PPI
O programa é desenvolvido em conjunto com a Divisão de Zoonoses da SMS (Secretaria Municipal da Saúde), curso de Medicina Veterinária da Unimar (Universidade de Marília), Vetnil e a ONG (Organização Não-Governamental) Anima, e tem como meta a retirada dos felinos abandonados no Bosque Municipal Rangel Pietraroia, de forma racional, integrada e planejada, objetivando o equilíbrio ecológico do espaço natural, pois gatos domésticos são rotineiramente abandonados no interior do Bosque e causam danos à saúde de animais silvestres, e a saúde e bem-estar das pessoas que freqüentam o local. Além disso, Os gatos têm o hábito de caçar, mesmo alimentados e isso prejudica a reprodução de outras espécies menores, como aves, por exemplo.

O Hospital Veterinário da Unimar fornece dez médicos veterinários professores e residentes e trinta alunos como equipe de apoio. Os gatos se submetem a exames gerais e pré-anestésico antes das castrações, além de acompanhamento pós-operatório.

Duas ações foram deflagradas – o Programa de Educação Ambiental O Pulo do Gato, promovido pela SMMA no Centro de Educação Ambiental Curupira, com o emprego de folders, cartilhas e livros paradidáticos focando alunos da Rede Municipal de Ensino para conscientização da posse responsável de animais domésticos e trabalho direto com a população em locais de grande fluxo pelos alunos do curso de Medicina Veterinária da Unimar.

Os animais recebem implante de chip para identificação eletrônica, são vacinados contra raiva, vermifugados e recebem todo o cuidado pós-operatório, cabendo à pessoa responsável pelo cuidado final acompanhar a recuperação e administrar os medicamentos prescritos e doados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

O processo de adoção de felinos fica sob a responsabilidade da ONG Anima, bem como a guarda, em conjunto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

O plano de ações envolve conscientização e padronização de procedimentos dos funcionários do Bosque Municipal e o fortalecimento da vigilância patrimonial no entorno e interior do Bosque Municipal, na tentativa de inibir abandono de animais, além da instalação de placas explicativas sobre os danos causados pelo descarte de animais domésticos na Mata Atlântica.

Foto: Ligia Martin Ferreira

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