segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ARTES PLÁSTICAS


Exposição fotográfica de Luiz Mott e Mostra de cores da alma serão  abertas nesta terça-feira


 Foto de Luiz Mott

Com o intuito de resgatar a história da arquitetura de Marília e de ressaltar as cores da alma por meio de manifestações e linguagens artísticas – fotografia e pintura-, a Galeria Municipal de Arte realiza, às 19h30, na sua sede ( Rua XV de Novembro, 367.), nesta terça-feira (4), a abertura das exposições: “Marília Art Déco: Retrato do Invisível” do antropólogo e ativista Luiz Mott – que tem como curador o arquiteto Luiz Eduardo Diaz -  e da exposição de pintura sobre tela “ As cores que há em mim, em você e em nós” da cantora, compositora e artista plástica Luciany Góes.
A duas mostras têm como objetivo de ampliar e democratizar as dimensões da política cultural pela linguagem da fotografia e pintura. Segundo o Secretário Municipal da Cultura, André Gomes, é fundamental essa junção de expressões artísticas para recontar com sensibilidade a história da arquitetura da nossa cidade e também pelas cores tentar descobrir a resposta para nossas inquietações.
“A fotografia é uma expressão que perpetua a história. E nossa gestão procurou valorizar todas as linguagens artísticas. Fico muito honrado de recebermos na Galeria Municipal de Artes essa exposição de fotos do Luiz Mott – um grande antropólogo, professor da Universidade Federal da Bahia e um grande ativista-. Já a segunda exposição busca revelar nossa alma pelas cores, nossos momentos tristes, alegres, de sonhos, angustias e inquietações. Acredito que a Galeria fecha o ano em grande estilo recebendo essas duas exposições”, comentou Gomes.
A Mostra simultânea é uma realização da Prefeitura de Marília por meio da Secretaria Municipal da Cultural e conta com apoio Cultural do supermercado Pão de Açúcar, Life e Adega´s. As exposições iniciam-se dia 05 de dezembro e se estende até o dia 05 de janeiro, na Galeria Municipal de Artes. A entrada é gratuita.
Exposição de Fotografia: “Marília Art Déco: Retrato do Invisível”

A Exposição reúne 40 fotografias de imóveis da cidade de Marília da década de 1970, públicos e particulares, que revelam essa característica estilística – Art Déco, a qual se caracteriza pela simplicidade das linhas, geometrismo, com forte influência do cubismo e mordenismo. Na Mostra há também algumas imagens de imóveis mais antigos, casinha de madeira do tempo da instalação dos primeiros moradores, assim como alguns prédios mais próximos do estilo neoclássico e eclético, anteriores à Art Decô.

A maioria destes prédios ainda existem na cidade, outros, lastimavelmente, foram reformados ou demolidos. Trata-se, portanto de uma coleção de imagens de um antropólogo com sensibilidade para a fotografia  e admirador desse estilo arquitetônico, que teve a iniciativa – há quarenta anos passados, de registrar para a posteridade meia centena de imóveis que já então ostentavam trinta ou mais anos de construção.

Segundo o  arquiteto e Curador da Mostra, Luiz Eduardo Diaz, a arquitetura déco representa uma tendência de passagem entre a arquitetura produzida pelos estilo art nouveau e do ecletismo para o modernismo. O art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto. Os volumes arquitetônicos são também marcados pelo escalonamento, pela aproximação de formas aerodinâmicas.

“Em Marília, o Art Deco permeava uma arquitetura de leveza ímpar,  indelével na nossa memória, e que ficou na lembrança dos marilienses desenhando uma cidade marcada por uma homogeneidade estética que em nosso repertório remete à um equilíbrio social possível, em uma época de especial riqueza cultural. Tal memória ainda está presente na forma como nos apropriamos da cidade, amena, acessível e culturalmente dinâmica. Portanto uma exposição como esta resgata nosso passado arquitetônico e enquanto povo. Ou seja, sinto muito satisfeito de ter sido convidado para ser curador de uma mostra tão significativa, pois esse passado cujas qualidades nos inspiram para o projeto da Marília do futuro ”, comenta Diaz.

É importante destacar ainda  que esta Mostra de Fotografia é realizada pela Secretaria Municipal da Cultural em parceria com a Comissão de Registro Históricos da Câmara de Marília. E que após o término da exposição às fotografias serão doadas por Luiz Mott para a Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília, esperando e estimulando que os imóveis que melhor representem genuinamente o belo estilo Art Decô, sejam devidamente tombados, evitando assim sua demolição, garantindo a preservação do que mais genuinamente marcou a modernidade de Marília desde sua fundação.

Sobre Luiz Mott

É um antropólogo, historiador e pesquisador, e um dos mais conhecidos ativistas brasileiros em favor dos direitos civis LGBT.

Luiz Roberto de Barros Mott, mais conhecido como Luiz Mott, nasceu em São Paulo, em 1946, de tradicional família interiorana. Estudou em Seminário Dominicano de Juiz de Fora. Formou-se em Ciências Sociais pela USP. Possui mestrado em Etnologia em Sorbonne e doutorado emAntropologia, pela Unicamp, atualmente é professor titular aposentado do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, UFBA e é professor e orientador do programa de pós graduação em História da Universidade Federal da Bahia, UFBA.
Desde o final dos anos 70 radicado em Salvador, cidade que lhe concedeu o título de Cidadão Honorário. Em 2006 a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia concedeu o título de cidadão baiano a Luiz Mott.


A relação de Luiz Mott com a cidade de  Marília

Nos anos setenta, casou-se com Yoshiko, uma nissei de Marília, com quem havia estudado na USP na década anterior.  Tiveram duas filhas Miua e Tami, as quais  foram criadas e estudaram em Marília, razão pela qual visitou a cidade dezenas de vezes. E nestas visitas chamou-lhe então atenção a presença de tantas casas, estabelecimentos comerciais, edifícios públicos e alguns monumentos no mais puro estilo “Art Decô”. Embora sem formação em Arquitetura, nem em fotografia, o antropologo sempre gostou de fotografar casas e monumentos, e numa destas visitas, com uma câmara fotográfica Canon FT (Lens FL 50 mm. 1:18) , fez 55 fotos em diversas ruas e avenidas da área central de Marília, todas elas privilegiando imóveis com características desse estilo.

Exposição de pintura: “ As cores que há em mim, em você e em nós”



A Mostra de cores da alma será composta por 25 obras de vários tamanhos e diferentes técnicas. As obras da artista são quase sentidas nas cores, como se as mesmas gritassem seus desejos, sonhos, angustias, alegrias e tristezas.  

De pinceladas fortes e expressivas as obras são um conjunto da aquarela da alma e da linha tênue que é a própria vida.

Segundo a artista plástica, Luciany Goés as  cores são uma frequência que nos dão o tom.

“Como em uma sinfonia, cada nota bem disposta a torna agradável e divina.
Assim a vida se torna bela, em consequência das cores e nos tornamos mais humanos pela arte”, finaliza Goés.

 Sobre Luciany Goes

 Artista de vários tons e sons, de Garça/SP e reside em Marília há 5 anos. Luciany Goes teve contato com a música desde criança e começou a pintar – autodidata – aos 15 anos.

Formada pela Universidade de Música de Tatuí/SP, tem influência em suas obras – seja música ou artes plásticas -  da Black Music e erudita.

Suas obras de arte são realizadas segundo as batidas do coração da pintora. Há dias mais quentes, frios, ou tanto faz. E é assim que se reproduz o cotidiano e o  ser humano. Sempre com pinceladas fortes e com os tons da Black Music, os quais retratam a alma humana.


SERVIÇO:
Galeria Municipal de Artes
Endereço: Rua XV de Novembro, 367. Acesso a deficientes.
Horários: De 2ªs a  6ªs, das 9h às 18h. Entrada gratuita.
Informações ao público: www.culturamarilia.blogspot.com Facebook: Galeria de Artes
Telefone:  (14) 3432-3331.

2 comentários:

  1. Gostaria de saber o porque???? De se escrever grande ativista somente???? È sabido, inclusive orgulho do próprio Mott, que ele nãoé apenas ativista, e sim ativista gay!! por favor hipocrisia de lado, afinal se trata da secretária de CULTURA

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  2. Não há nenhum problema. Luiz Mott é ativista de direitos humanos e é um orgulho para nós enquanto gestores, abrir uma exposição de fotos realizadas por um dos ativistas mais atuantes dos direitos civis e humanos LGBTs. Ativista é uma palavra que abrange todo direito humano, o qual é universal. A luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária é de todos nós. E Luiz Mott é um intelectual que superou os muros das universidades e que luta por igualdade e por vida digna a todos.

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