quarta-feira, 23 de julho de 2014

Novo fóssil encontrado

Paleontólogos retomam escavações do Dino Titã de Marília

Paleontólogos William Nava e Rodrigo Santucci coordenam as escavações
Está previsto para o próximo final de semana a chegada à Marília da equipe de paleontólogos da UnB - Universidade de Brasilia, a fim de dar sequência às escavações no sítio paleontológico do Dino Titã. O local, às margens da rodovia SP 333, perto de Júlio Mesquita, é onde foi escavado em 2011/12 mais de 50% do esqueleto de um dinossauro do grupo dos Titanossauros, animais herbívoros, quadrupedes que viveram há cerca de 70 milhões de anos no que hoje é a região de Marília.

Esta nova etapa de escavações contará, como de costume, com a coordenação dos paleontólogos William Nava, do Museu de Paleontologia de Marília e Rodrigo Miloni Santucci, da Universidade de Brasília.

A vinda à Marília é parte de um projeto da UnB com o CNPq e visa dar continuidade aos trabalhos de escavação e coleta de fósseis em duas localidades do oeste paulista, Marília e Jales.

As escavações em Marília devem ir até o início de agosto, e para a quebra das rochas serão utilizados marretas, ponteiras, talhadeiras, além de britadeiras que serão alugadas para romper camadas mais maciças de arenito, como é o caso dos sedimentos no sítio do Dino Titã.

Qualquer fóssil que surgir durante os trabalhos acrescentará ao material já coletado nas expedições anteriores, e será mais uma peça no intrigante "quebra-cabeça" que está sendo o trabalho de coleta desses fósseis.

OUTRO TITANOSSAURO

Após estudos preliminares com alguns fósseis levados ao laboratório da UnB em Brasília em 2013, os pesquisadores começaram a trabalhar com a hipótese da existência, no local, de vestígios de um outro Titanossauro, de porte maior que o Dino Titã. Parte desses fósseis já foi removido das rochas, permitindo análises de suas características morfológicas.

"Uma grande costela e algumas vértebras caudais de tamanho desproporcional que coletei em 2009 e 2013 não se encaixam na morfologia dos fósseis do Dino Titã, apontando para um animal que poderia ter até 20 metros de comprimento. Lembrando que o Dino Titã mediria em vida, de 13 a 15 mts de comprimento, com base em sua coluna pré-sacral quase completa que escavamos no segundo semestre de 2012" disse o paleontólogo William Nava.

Só mesmo mais retiradas de rochas do local poderão revelar a existência de outros fósseis que podem estar sob as camadas de arenitos nos pontos que ainda não foram trabalhados pelas expedições anteriores. 

Texto:
William Nava
Museu de Paleontologia de Marília

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