quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Clube de Cinema

Clube de Cinema de Marília realiza sessão especial.


O Clube de Cinema de Marília, com apoio da Secretaria Municipal da Cultura realiza neste domingo, dia 16 de agosto, às 20 horas no Auditório Municipal “Prof. Octávio Lignelli” a exibição do documentário “O crime que abalou a colônia japonesa”, direção de Mario Jun Okuhara. A entrada é franca. 

Confirmaram presença no evento além do diretor do filme, o Sr. Tokuiti Hidaka, 93, natural de Tupã e residente há muitos anos em Marília, que viveu naquela época e tem muitas lembranças e histórias, por ter sido o último sobrevivente com participação ativa nos acontecimentos retratados no livro Corações Sujos do escritor Fernando Morais e no filme de mesmo título.

“Com este documentário documentário que dura cerca de 90’podemos conhecer a verdadeira história do que acontecia com os japoneses no Brasil na época da 2ª Guerra. Os que moravam nas cidades praianas tinham ordem de abandonar o Brasil em 24 horas, razão pela qual em cidades como Santos e Rio de Janeiro existem poucos descendentes de japoneses, é um fato histórico que chama a atenção”. Disse o presidente do Clube de Cinema Ivan Fiorini, que assistiu à sessão exibida já no dia 9 passado.

A assinatura e reconhecimento em 15-08-15, portanto há 70 anos da derrota do Japão na 2ª Guerra Mundial, dividiu a colônia japonesa no Brasil, instalada principalmente nas cidades da nossa região como Bastos, Bilac, Marília, Tupã, Osvaldo Cruz e Quintana, entre outras. 

A maioria dos japoneses não acreditou na capitulação do império nipônico e passou a organizar-se e atacar, de forma violenta e armada aqueles (“corações sujos”) seus conterrâneos conformados e cônscios da rendição do imperador após a deflagração das duas bombas atômicas.

O saldo das atividades lideradas pela organização Shindo Rimmei em13 meses de atuação foram: 23 mortos e 147feridos. Foram presos mais de 31 mil japoneses ou descendentes, 381 denunciados na Lei de Segurança Nacional e 80 condenados a expulsão, estes anistiados em 1956 pelo presidente Juscelino Kubistheck. A maioria cumpriu pena na Ilha Anchieta, litoral paulista. Alguns quase 10 anos. Entre eles o Sr Hidaka.

Mais informações com o Sr Ivan Fiorini no 9 9125 8800. O Auditório localiza-se na Av Sampaio Vidal, 245, piso superior da Biblioteca Municipal, entrada pela Av Rio Branco.

Texto: Denise Campos Justino 
Fotos 1 e 2: Divulgação
Foto 3: Helder Cristiano Soares

Diretor Mario Jun Okuhara

Tokuiti Hidaka

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