sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Espetáculo teatral OE

Espetáculo teatral "OE".
Evento faz parte da programação de boas vindas ao Prefeito Yoshio Kurata, da cidade co-irmã de Marília, Higashihiroshima.


A apresentação do espetáculo OE será parte da programação de recepção da comitiva de Higashihiroshima à cidade co-irmã no Brasil, Marília, no interior de São Paulo em 26/10. Na ocasião, estarão na cidade o Prefeito de Higashihiroshima, Sr. Yoshio Kurata, e o Presidente da Câmara Municipal de Higashihiroshima, Sr. Mamoru Yamashita. A visita ao município estreitará as relações políticas e sociais entre essas localidades. 

OE
Espetáculo solo de Eduardo Okamoto inspirado na obra do escritor japonês Kenzaburo Oe (Prêmio Nobel de Literatura/1994). 
Dramaturgia inédita de Cássio Pires e encenação de Marcio Aurelio.
Em 2012, Okamoto recebeu o prêmio de Melhor Ator pela APCA e indicação ao prêmio Shell de Melhor Atorpor “Recusa”, espetáculo da Cia Teatro Balagan, dirigido por Maria Thais. Em 2009, foi indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator por sua atuação em seu segundo solo, “Eldorado”, com direção de Marcelo Lazzaratto.

OE, espetáculo solo do ator Eduardo Okamoto, teve sua estreia na Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba e realizou temporadas paulistanas no SESC Consolação e na SP Escola de Teatro. O trabalho já foi apresentado na Virada Cultural Paulista e no Filo – Festival Internacional de Teatro de Londrina. O espetáculo foi contemplado, ainda, com o Programa de Ação Cultural – ProAC 2015 – e se apresentará nas cidades paulistas: Registro, São Paulo, Mirandópolis, Bastos, Marília e Araçatuba. Em 2016, o espetáculo realizará uma circulação nacional pela região nordeste pelo Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz. 

OE é livremente inspirado na obra do escritor japonês Kenzaburo Oe (Prêmio Nobel de Literatura/1994) - sobretudo, no romance autobiográfico Jovens de um novo tempo despertai! No livro, o autor procura definições sobre a sociedade e a vida (morte, sonho etc.) para o seu filho mais velho, deficiente intelectual. 

A enfermidade do filho - que viveu até os seis anos de idade sem desenvolver a capacidade da fala - é recorrente na obra de Kenzaburo Oe. Demonstrando grande sensibilidade auditiva e aprendendo a falar ao reconhecer o som dos pássaros, o menino aprendeu a tocar piano e, hoje, é compositor respeitado no Japão e fora dele. 

O espetáculo, porém, não se limita a uma narrativa sobre autossuperação. Assim, não se dramatiza passagens da obra do autor nipônico. Vê-se nela impulso para a abertura de imaginários. A partir da prosa de Oe, o dramaturgo Cássio Pires escreveu um texto inédito: um poema para a cena que sintetiza 28 imagens. Estas imagens procuram se equilibrar nas bordas entre sonho e memória, vivência e imaginação, palavras e não-ditos. 

O resultado é uma cena que não estabelece limites claros entre a singularidade de um único homem e a universalidade do conjunto plural dos homens. A partir de uma narrativa pessoal, o espetáculo propõe um chamado para novas formas de cidadania, baseadas na responsabilidade intransferível de cada ser sobre suas ações: “[há uma] conexão entre a violência em escala mundial, representada por artefatos nucleares, e a violência existente no interior de um único ser humano”, escreve Kenzaburo Oe.

Assim, o espetáculo toma a ficção como uma forma, comparável ao universo simbólico dos sonhos, de significar as experiências. O mundo só faz sentido quando contado, reinventado pela história. No ato de narrar, assim, haverá sempre espaço para a vivência de jornadas e, sobretudo, aprendizado. 

O processo de pesquisa para a obra incluiu um estágio de Eduardo Okamoto, em fevereiro de 2014, no Kazuo Ohno Dance Studio, no Japão. 

O espetáculo foi financiado com recursos do Prêmio Myriam Muniz 2013, da Funarte, e do Faepex / UNICAMP.

Eduardo Okamoto, ator
Eduardo Okamoto é ator, bacharel em Artes Cênicas, Mestre e Doutor em Artes pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, onde atualmente é docente. Apresentou espetáculos e atividades formativas em diversos estados brasileiros e no exterior: Espanha, Suíça, Alemanha, Marrocos, Kosovo, Escócia e Polônia. É autor do livro “Hora de Nossa Hora: o menino de rua e o brinquedo circense” (Editora Hucitec, 2007). Entre seus trabalhos destacam-se: “Agora e na Hora de Nossa Hora”, de 2004, (com sua própria dramaturgia e direção de Verônica Fabrini; “Eldorado”, com direção de Marcelo Lazzaratto e dramaturgia de Santiago Serrano, pelo qual, em 2009, foi indicado ao Prêmio Shell na categoria de Melhor Ator; em 2012, “Recusa”, da Cia. Teatro Balagan, com direção de Maria Thais e dramaturgia de Luis Alberto de Abreu pelo qual mais uma vez foi indicado ao Prêmio Shell. No mesmo ano, recebeu o Prêmio APCA de Melhor Ator por sua atuação neste espetáculo que obteve mais de 11 indicações para importantes premiações no panorama nacional das Artes Cênicas. 

Cássio Pires, dramaturgo
Cássio Pires é mestre em Artes Cênicas e Bacharel em Letras pela USP e integrante fundador do Coletivo Teatral Filme Bê. Escreveu, entre outras: A Força da Imaginação, encenada pela Cia Livre; Verbo, criação de Isso não é um grupo e onde também assina a direção; Ifigênia, encenada pela Cia Elevador de Teatro Panorâmico (texto indicado ao Prêmio CPT 2012); Os Amigos dos Amigos, criação do Coletivo Teatral Filme Bê a partir da obra de Henry James (Prêmio de Melhor Espetáculo do Cultura Inglesa Festival 2011); Teseu, texto escrito à convite do Projeto Conexões 2011, promovido pelo National Theatre e pelo Conselho Britânico; A Carne Exausta, encenada por Paulo Azevedo no Teatro João Caetano; “Vigília”, encenada no Intercity Festival 2007 (Teatro della Limonaia, Florença, Itália); entre outras. 

Assinou ainda as adaptações de: “A Sonata Kreutzer”, de Tolstoi, dirigida por Marcello Airoldi; “A Chuva Pasmada”, de Mia Couto, encenada por Eduardo Okamoto em parceria com Matula Teatro, sob direção de Marcelo Lazzaratto; e “O Rouxinol”, de Andersen, encenada pela Cia da Revista (Teatros Alfa, Promon e Sérgio Cardoso).

Marcio Aurelio, diretor
Marcio Aurelio é um dos mais premiados e reconhecidos diretores do teatro brasileiro. Três anos após o início da carreira já recebia, em 1977, o prêmio APCA de Melhor Espetáculo. Desde então, Marcio vem recebendo diversos prêmios, como o Mambenbe de Melhor Espetáculo por nada menos que cinco peças: Lua de Cetim, Édipo Rei, Pássaro do Poente, Hamletmachine e Ópera Joyce. Senhorita Else e Édipo rei foram premiadas também pela APCA, enquanto Pássaro do Poente e Hamletmachine receberam o Prêmio Molière na categoria Direção, além de vários outros prêmios. 

Recorre, com frequência, à montagem de clássicos, integrais ou adaptados, recuperando experiências ligadas aos procedimentos dramatúrgicos e aos aspectos estilísticos, na busca de uma nova forma de expressão. Marcio Aurelio assina, frequentemente, a cenografia e figurinos de suas direções. Paralelamente à carreira de encenador, é professor de Interpretação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sendo um dos poucos artistas que possui livre docência no país. Como tradutor, assina as traduções de Baal, de Bertolt Brecht, em 1983, e Filoctetes, de Heiner Müller, em parceria com Willi Bolle, em 1986.

Kenzaburo Oe, escritor
Nasceu em 1935, no lugarejo de Ose. Ainda estudante de literatura francesa em Tóquio, estreou na ficção e conquistou o cobiçado Prêmio Akutagawa. Um dos romancistas mais populares do Japão, sua obra compreende inúmeros contos, escritos políticos e um famoso ensaio sobre Hiroshima. Em 1967, recebeu o prêmio Tanizaki e, em 1994, o Prêmio Nobel de Literatura. 

FICHA TÉCNICA 
Espetáculo inspirado na obra de Kenzaburo Oe
Encenação e iluminação: Marcio Aurelio
Dramaturgia: Cássio Pires
Atuação: Eduardo Okamoto
Assistência de direção: Lígia Pereira
Assistência de iluminação: Silviane Ticher
Orientação corporal: Ciça Ohno
Figurino e Cenografia: Marcio Aurelio
Assistente de Figurino e Cenário: Maurício Schneider
Fotografia: Fernando Stankuns
Registro em vídeo: Bruno Jorge
Design gráfico: LuOrvat Design
Orientação pedagógica do projeto: Suzi Frankl Sperber
Coordenação Técnica: Silvio Fávaro
Assistência de produção: Mariella Siqueira
Direção de produção: Daniele Sampaio | SIM! Cultura
Gênero: Drama
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 70 minutos

Serviço:
Onde: Teatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus - Rua Nelson Spielman, 700 – centro,
Quando: 26 de outubro de 2015 – 2a-feira
Horário: 19h30
Ingressos: gratuitos, entrada por ordem de chegada. 
Lotação: 600 lugares 
Mais informações: (14) 3402-6600 ou (14) 3433-4187 | www.eduardookamoto.com





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