terça-feira, 24 de novembro de 2015

Aniversário do Museu de Paleontologia

Museu de Paleontologia de Marília completa 11 anos.


Nesta quarta feira, 25/11, o Museu de Paleontologia de Marília está completando 11 anos.

Surgido por iniciativa do paleontólogo William Nava, que desde 1993 realiza escavações pela região em busca de fósseis de animais da era dos dinossauros, e guardava em caixas de papelão muitos fósseis de dinos e outros animais , foi inaugurado em novembro de 2004 pela Prefeitura Municipal através da Secretaria da Cultura e Turismo. 

"A possibilidade das pessoas poderem ver fósseis verdadeiros em exposição, tornando realidade o que só conheciam através dos filmes e livros, tem sido um grande ganho para a cultura e o turismo da cidade e toda a região, atraindo muitos visitantes, não só de Marília e região, como também de outros estados e mesmo outros países" afirmou William Nava.

No aniversário de 11 anos, além da exposição permanente de fósseis de dinossauros, crocodilos e outros organismos, o público verá, pela primeira vez, uma exposição com replicas de crânios de 3 espécies de dinossauros, cedidas por empréstimo ao Museu de Paleontologia, pela USP. Os crânios replicados são do Herrerasaurus, descoberto na Argentina; do Deinonychus, que viveu onde hoje é a América do Norte, e do Saichania, que viveu em terras que hoje compreendem a Mongólia. 

QUEM FORAM ESSES DINOSSAUROS?
O Herrerasaurus foi um pequeno dinossauro bípede e carnívoro, que viveu no Período Triássico, o primeiro da Era dos Dinossauros, entre 230 e 220 milhões de anos. É considerado um dos mais primitivos dinossauros, com raros registros fósseis. Já Deinonychus e Saichania viveram durante o Período Cretáceo, entre 90 e 80 milhões de anos. Deinonychus foi um astuto predador, apesar de pequeno, possuía dentes afiados e garras recurvadas para trás, usadas talvez para dilacerar as presas. Recentes achados fósseis desse grupo de dinossauros carnívoros, que eram parentes do famoso Velociraptor, indicam que possuíam estruturas semelhantes a penas, sendo considerados antepassados das aves atuais.

Já Saichania, foi um dinossauro anquilossauro, couraçado, ou seja, possuía placas ósseas que cobriam a região anterior do corpo, como crânio, pescoço e talvez até a cauda, como atestam os achados fósseis. Calcula-se que media entre 4 e 6 metros de comprimento, e tinha dieta herbívora. 

Os crânios ficarão em exposição até fevereiro, quando termina o período de férias.

Outra atividade no aniversário do museu será a distribuição, para crianças, de origames de dinossauros, feitos pelas funcionárias do museu. 

"Estamos felizes em poder comemorar 11 anos de atividades voltadas ao público, transformando os fósseis em conhecimento e cultura, compartilhados com milhares de pessoas o ano todo", finalizou Nava.

A equipe do Museu que atende o público é composta por William Nava, a monitora educadora Izabel Brandão e as estagiárias Natália e Juliana. 

Atualmente o horário de funcionamento do museu é das 8 h às 14 hrs, mas neste dia 25/11 ficará aberto durante a tarde também.

Segundo a secretária da Cultura Taís Monteiro, “Para nós marilienses é um orgulho termos o Museu de Paleontologia, com grande visibilidade no Brasil e inclusive no exterior, resultado de um trabalho dedicado do nosso paleontólogo William Nava e sua equipe”.


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