sexta-feira, 15 de abril de 2016

Exposição: "Todo dia é dia do Índio"

Museu Histórico realiza exposição “Todo Dia é Dia de Índio”. Mostra de acervo indígena terá início nesta terça-feira, 19 de abril.


A Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Museu Histórico e Pedagógico “Embaixador Hélio Antônio Scarabotollo”, realizará no dia 19 de Abril, às 9h a abertura da exposição de seu acervo indígena “Todo dia é dia de Índio”, lembrando em especial os índios Kaingangs, os primeiros habitantes naturais de Marília e outras etnias.

Entre as curiosidades deste acervo, o Museu conta com diversos artigos indígenas como enfeites, cestaria, chocalhos, brinquedos, bordunas, cocares, arco e flechas, colares, e muitas outras peças.

Para abrilhantar o evento foi convidado o indígena Ricardo Pereira Castelão representante da Aldeia de Avaí que virá para uma roda e conversa com os visitantes. Será exibido um vídeo resultado de uma visita de membros da Comissão de Registros Históricos à Aldeia de Arco-Íris, editado por Wilza Matos. O Coral da Casa do Pequeno Cidadão também estará presente e entoará duas canções alusivas ao índio, sob regência de Kátia Gally. 

Apoiam o evento o Supermercado Tauste e Seven Cursos. 

“Estamos muito animados com a resposta das escolas ao convite feito no início do ano, pois temos agendamentos diários deste que é nosso principal público alvo, razão pela qual estenderemos a mostra até maio. Para esta abertura receberemos a EMEF Antônio Ribeiro, retornando após o feriado com Mário Covas, Roberto Cimino, Colégio Sagrado. E em maio, Edméia Rojo, Geraldo Cesar Vilardi, Paulo Freire, EE Edson Vianey e Colégio Cristo Rei”, disse a Secretária Tais Monteiro. 

Segundo Denise Campos, Coordenadora do Museu, “nesta exposição os visitantes poderão interagir com o indígena convidado e os monitores estarão mostrando um pouco sobre a alimentação com exposição de urucum, que era muito usado para fazer pinturas no corpo, jenipapo, mandioca, abóbora e outros. E reafirmando a importância da contribuição do índio nos nossos usos e costumes e cultura”.

Um pouco da história do Índio:

Só em território brasileiro viviam 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani (região do litoral), macro-jê ou tapuia (região do Planalto Central), aruaque (Amazônia) e caraíba (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

“Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência”, disse Ricardo Verceloni, Chefe do Museu que viabilizou a vinda do indígena Ricardo Castelão.

Os kaigangs:
Esta nação de índios é chamada pelos brasileiros Coroados pelo costume de cortarem os cabelos à maneira dos frades franciscanos; não gostam, porém deste apelido e a si mesmos se chamam Kaingang, que em língua portuguesa quer dizer índio ou antes aborígene. 

Sustentam-se de caça, peixe, mel e frutas; plantam também algum milho e feijão. Do milho fazem uma espécie de pão, para o que o põem de molho na água até apodrecer, e depois o socam ao pilão, ou o amassam com as mãos e cuspo, fabricando uma roda de bom tamanho para assarem em baixo da cinza. 

Até o presente são bem poucos os que querem a comida temperada com sal. 

Mostram a maior aversão ao leite e à carne do gado.
São francos alegres e conversadores; tem grande paixão por miçangas, especialmente brancas e oferecem de boa vontade o que têm de melhor em suas cabanas em troca dessas bagatelas. Quando organizam festa e danças, servem as miçangas de enfeite às mulheres, que as têm em grande estimação, trazendo-as a tiracolo, quantas possam ajuntar. Quem lhes dá alguma coisa de presente não fica sem retribuição.


A Exposição permanece para visitação de 19 de abril a 13de maio, das 8h30 às 11h30 e das 13h às 17h. O telefone para agendamentos é o 3413- 9930. 

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação


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