Com apoio da Secretaria da Cultura de Marília, Banda faz apresentação com entrada gratuita
Neste domingo, 12, às 17h, o Cão Pererê (Rua Alcides Lages
Magalhães, 38) receberá o show “Água da Faca”, da Banda Mercado de Peixe, da
cidade de Bauru. O evento é realizado com o apoio do Governo do Estado de São
Paulo, pelo Programa de Ação Cultural 2016 (ProAC), da Secretaria de Estado da
Cultura, Secretaria Municipal da Cultura e Cão Pererê. A entrada é gratuita.
Da música do deserto ao ijexá, o álbum Água da Faca trouxe
um Mercado de Peixe conectado com o underground mundial, reverberando em rádios
e podcasts de diversas partes do mundo. Levou também a banda, formada no fim
dos anos 90 em Bauru (SP), a projetar sua música para novos públicos e a
reencontrar pessoas que participaram com a banda do processo de construção de
uma cultura pop do interior de São Paulo.
Água da Faca propõe sonoridades que remetem a narrativas
contemporâneas - como o kwaito, a house music da África do Sul e a cúmbia
psicodélica sul-americana. Essa última cumpre importante papel conceitual,
funcionando como conexão musical com os caminhos do Peabiru – lendárias rotas
que ligavam vários lugares até o Peru e a cidade perdida de Machu Picchu.
O disco também evoca uma mitologia própria, envolvendo a
vivência da banda no isolamento rural, em Piratininga (SP), onde o disco foi
gestado de forma surpreendentemente rápida. Algumas músicas já estavam prontas,
outras foram terminadas lá, depois de até seis anos de maturação. Mas todas as
bases musicais foram levantadas em menos de 15 dias, antes de seguirem para
gravação em estúdio, onde a banda também criou, experimentou e desenvolveu
parcerias.
Com arranjos e direção musical de Fernando TRZ, Água da Faca
traz também o lado jazzístico e de brasilidades que o tecladista desenvolve no
trio que leva seu nome e no grupo Lavoura, projeto do qual também fazem parte o
baterista Paulo Pires e o baixista Fabiano Alcântara. Tocando guitarra e viola,
Ricardo Polettini mostra versatilidade ao trafegar entre o popular e a
vanguarda. O mesmo se pode dizer do vocalista Juninho Madureira e da percussão
experimental e cadenciada de Emerson G. Vanderlei.
A BANDA
Formado em 1996, em Bauru, o Mercado de Peixe surgiu como um
grupo que se dedicava à música brasileira e à cultura popular. Seu primeiro
álbum, “Aparições”, com registros de apresentações ao vivo, saiu em 1999. No
começo dos anos 2000, o grupo passou a pesquisar a cultura caipira e a
incorporar viola, acordeon e as temáticas interioranas ao som.
Em 2001, após dois shows no Fórum Social Mundial, em Porto
Alegre, apresentou o EP “A Saga Low Tech do Caipira 1”, sucedido por “A Saga
Low Tech do Caipira 2”, em 2002. “Roça Elétrica”, de 2003, relançado pela
gravadora Atração, em 2004, levou a banda à grande mídia e consolidou o
hibridismo das sonoridades e temáticas da cultura caipira com eletrônica, rock
e black music.
Em 2006, o grupo explorou
novos caminhos ao assimilar referências de afrobeat, música latina e letras
mais livres. A experiência desembocou no álbum “Territórios Interioranos”, em
2008. Em 2010, a banda voltou aos palcos e, em 2013, com a turnê XV, passou por
dez unidades do Sesc. Em 2014, o Mercado lançou o EP “Caminho do Peabiru”.
Em 2015, lançou o álbum “Água da Faca”, oitavo disco do
grupo. Em 2016, passou pelos Sescs Belenzinho, Vila Mariana, São Carlos, Bauru
e se apresentou no festival Novos Caipiras, em Araçatuba. Em 2017, a banda leva
a turnê Água da Faca para Bauru, Marília, Ribeirão Preto, São Carlos, Rio Preto
e Sorocaba.
O Mercado de Peixe é formado por Juninho Madureira (vocal),
Fernando TRZ (synths, piano elétrico), Paulo Pires (bateria), Emerson G. Vanderlei
(percussão, efeitos), Fabiano Alcântara (baixo) e Ricardo Polettini (guitarra e
viola).
Texto: Divulgação // Secretaria da Cultura
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