Acontece
nesta quarta-feira, 5 de dezembro, o encerramento das homenagens ao
mês da Consciência Negra, à partir das 09 h na Famema – Praça
Espaço S, esquina da Rua Reinaldo Machado com a Rua Aziz Atalah.
O
evento é uma realização da parceria da FAMEMA/HC com Secretaria da
Cultura de Marília. Serão
realizadas ações de resgate, de valorização da cultura negra em
parceria com a biblioteca municipal, projeto PROCRIA/Comunidade São
Judas, fotógrafos de Marília.
De
acordo com a programação, o evento receberá as exposições de
fotografias: “Motumbá”, cedida pela fotógrafa Cássia Silva, e
“Olhares da Cultura Afro-Brasileira”, de estudantes do curso de
Publicidade da Unimar.
A
Biblioteca Municipal de Marília cedeu ao evento algumas
bibliografias e obras de escritores negros e negras, temas etno
raciais na literatura infantil a fim de trabalhar as desigualdades
raciais no Brasil, denunciando racismo e dando visibilidade aos
escritores afro-brasileiros referências no mundo.
Haverá
também uma apresentação do Projeto ProCria, da comunidade São
Judas uma referência em projetos sociais para as crianças com
atuação de mais de 20 anos, atendendo 120 crianças da comunidade
“Salvador Salgueiro”.
As
crianças apresentarão um pouco do trabalho desenvolvido na Fanfarra
deste projeto de inclusão social e cultural, homenageando artistas
negros da música brasileiras, além de apresentação de danças
afro-brasileiras e exposição sobre orientações de uma equipe de
profissionais que se dedicam a este projeto e que realizaram diversas
homenagens no mês da consciência negra.
A
programação contará ainda com apresentação de capoeira e
exposição de berimbaus.
Segundo
o secretário da Cultura, André Gomes, é importante valorizar a
cultura negra em diversos espaços, pois segundo o IBGE em 2015, os
estudantes negros com ensino superior são 34% sendo 12,8%
dos negros (pretos e pardos),
entre
os 18 e 24 anos estão dentro das universidades, para IBGE negros e
pardos representam a população afrodescendente, isto significa que
são metade da população brasileira.
“Provocar
isto dentro da universidade nos faz refletir onde estão os negros
nas universidades, principalmente públicas? Este é o real
reflexo da história de discriminação e segregação da população
negra na sociedade brasileira. E se faz necessário pensar e promover
ações para reverter essa situação, pois devido ao processo
histórico que aconteceu no Brasil, o racismo está enraizado em
nossa cultura e mesmo que tenhamos políticas afirmativas, o racismo
precisa ser superado. Embora
a riqueza cultural deixada pelos negros é imensurável, e suas
contribuições na história que formou a identidade brasileira,
estes ainda lutam e resistem para obterem seus espaços de
visibilidade, respeito e ascensão social”,
disse André.
“Estamos
comemorando neste dia, porquê sempre é importante destacar o papel
do negro na sociedade. Como trabalhamos com inclusão e desenvolvemos
atividades com o intuito de promover saúde, minimizar preconceitos e
aprender a conviver com o diferente é que cremos na importância
desta temática e deste evento. Gratidão a todos que nos apoia em
especial a Secretaria Municipal de Cultura, Centro Comunitário São
Judas, Secretaria Municipal de Esportes, Grupo Afro Fest e Grupo
Empreender”, disse Sônia Custódio, Coordenadora do NUAC
Núcleo de Apoio à Comunidade.
Núcleo de Apoio à Comunidade.
O
dia 20 de novembro foi eleito Dia da Consciência Negra e a
Secretaria da Cultura de Marília em conjunto com grupos ligados ao
movimento negro de Marília, realizaram diversas atividades ao longo
do mês, por ser a data da morte de Zumbi, tendo como a lei nº
12.519, de 10 de novembro de 2011 que
institui como feriado nacional, homenagem ao líder Zumbi do quilombo
dos Palmares. O herói ficou conhecido pela sua resistência e
postura de enfrentamento ao governo colonial. Zumbi dos Palmares foi
delatado e assassinado em 1695.
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