Pesquisadora Maureen Walsh em trabalho com fósseis |
As pesquisadoras Maureen Walsh e
Stephanie Abramowicz, visitam pela primeira a cidade de Marília, e chegam com a
incumbência de dar prosseguimento ao trabalho de preparação de rochas contendo
pequenos ossos fossilizados de um grupo de aves extintas que viveu na Era dos
Dinossauros. Além da preparação de fósseis, estão sendo produzidos centenas de
fotos minuciosas desses materiais, que serão posteriormente incluídas nas
descrições científicas das espécies.
Nava já trabalha com esse fósseis
há quase 14 anos, quando descobriu sítio paleontológico das aves extintas, em 2004, coletando e
preparando então, centenas de fragmentos de rochas contendo pequenos ossos e
restos cranianos associados à essas aves. O material fóssil é de extrema
importância do ponto de vista científico
e paleoambiental, já que se trata de um
registro fóssil bastante raro em nível de continente americano e deverá trazer
importantes informações morfológicas e evolutivas.
Paleontólogo e Coord. do Museu de Paleontologia Willian Nava |
A parceria firmada em 2015 com o
paleontólogo e ex-diretor do Museu de H. N de Los Angeles, Luis Chiappe, que
esteve duas vezes em Marília no ano passado e deve regressar novamente dia
02 de junho próximo para se juntar à equipe, contará também com a colaboração do paleontólogo
argentino Agustin Martinelli, grande parceiro de William Nava em estudos de
pequenos fósseis descobertos no oeste paulista.
Dos trabalhos de preparação em
curso, surgirão importantes dados que serão levados a Los Angeles para melhor
interpretação e serão associados a dados colhidos no ano passado. As fotos
servirão para comparações anatômicas com fósseis de aves semelhantes a estas,
mas descobertas na China, Argentina, Mongólia e Espanha.
O material fóssil das aves
depositado no Museu de Paleontologia de Marília não se destina a visitação,
pois são elementos um tanto quanto frágeis, exigindo cuidados. Os pesquisadores
estimam que das centenas de fósseis, considerando ossos desarticulados e outros
formando esqueletos delicadamente preservados, existam ao menos 4 espécies
novas para o continente americano, conferindo a esses achados, um grau de
preservação em 3D, possibilitando estudos atuais e futuros.
Esse é mais um avanço no estudo e
no entendimento de como tais pequenos fósseis ficaram preservados com riqueza
de detalhes, abrindo a possibilidade de muitos estudos científicos. Todos estes
estudos divulgarão mundialmente o nome do Museu de Paleontologia, da cidade de
Marília (por estarem catalogados aqui) e a localidade de onde provém (Presidente
Prudente) região tão rica em fósseis quanto Marília.
Texto e fotos: Comunicação /
Secretaria da Cultura.
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