O paleontólogo e coordenador do Museu de
Paleontologia de Marília, William Nava, completa neste dia 11 de abril, 25 anos
de trabalhos de escavações e descobertas de fósseis em Marília e região.
Tudo começou em 1993 quando encontrou os
primeiros restos ósseos de um titanossauro no leito da estrada vicinal Padre
Nóbrega-Rosália. Esses fósseis foram o start para a carreira de William Nava
como paleontólogo.
O trabalho contínuo, a partir de então,
revelou uma riqueza de fósseis que ninguém imaginava pudesse existir nas rochas
da região. Depois vieram descobertas de fósseis de dinossauros próximos a
Pompéia, e os primeiros fósseis de crocodilos nas rochas perto do Rio do Peixe,
onde Nava escavou sem parar por cerca de 14 anos.
Alternou ainda esses trabalhos com o sítio
paleontológico do Dino Titã, revelado em 2009 entre Marília e Júlio Mesquita,
na SP-333 onde escava até hoje e de onde foi retirado, em 2012, o mais completo Titanossauro já encontrado no
Brasil, com cerca de 70% do esqueleto preservado, em parceria com a Universidade de Brasília e
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Igualmente importante o sítio paleontológico
das aves primitivas descoberto em 2004 nos arredores de Presidente Prudente,
considerado pelos pesquisadores do Museu de História Natural de Los Angeles
(EUA) como único local em todas as Américas com ossos fossilizados preservados
em 3D. Nava escava nesse sítio há quase 14 anos, e trouxe à luz importantes registros
de uma fauna de pequenos vertebrados, só comparável aos que existem na China.
A divulgação dos achados pela imprensa
chamavam a atenção do público de Marília e de toda a região, assim, em fins de 2004 era inaugurado o Museu de Paleontologia de
Marília pela Prefeitura Municipal, , no
centro de Marília - onde está há mais de
13 anos e com ampla visibilidade atraindo visitantes não só daqui e da região,
mas de todo o Brasil, já que se trata do único museu com essa temática em todo
o centro oeste e oeste paulista.
"É uma satisfação enorme ver que já são
25 anos trabalhando com paleontologia, descobrindo fósseis e compartilhando
esses achados com milhares de pessoas, ajudando assim na difusão da
paleontologia e mostrando sua importância como ciência, além de divulgar do
ponto de vista turístico e cultural nossa cidade e seu grande potencial,
reconhecido hoje em todo país e também no exterior", lembrou Nava.
Nava
calcula que ao longo desses 25 anos, tenha coletado aproximadamente 3 mil
fósseis, de diversos grupos de vertebrados considerando desde fragmentos até
ossos fósseis completos, além de invertebrados.
Atualmente o paleontólogo atua em parceria
técnico-científica com cerca de oito instituições brasileiras, entre
universidades e museus, sendo uma delas do exterior (Los Angeles-EUA), e tem
catalogado cerca de 12 sítios paleontológicos, situados em Marília e
arredores, dois desses sítios na região
de Presidente Prudente, além de Adamantina e Lins, áreas com registros bem
expressivos de fósseis do período
Cretáceo. Alguns desses fósseis estão em estudos e devem em breve,
resultar em artigos científicos descritivos que serão disponibilizados para
toda a comunidade científica mundial.
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