terça-feira, 10 de abril de 2018

William Nava completa 25 anos de escavações e descobertas de fósseis



O paleontólogo e coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, William Nava, completa neste dia 11 de abril, 25 anos de trabalhos de escavações e descobertas de fósseis em Marília e região.

Tudo começou em 1993 quando encontrou os primeiros restos ósseos de um titanossauro no leito da estrada vicinal Padre Nóbrega-Rosália. Esses fósseis foram o start para a carreira de William Nava como paleontólogo.

O trabalho contínuo, a partir de então, revelou uma riqueza de fósseis que ninguém imaginava pudesse existir nas rochas da região. Depois vieram descobertas de fósseis de dinossauros próximos a Pompéia, e os primeiros fósseis de crocodilos nas rochas perto do Rio do Peixe, onde Nava escavou sem parar por cerca de 14 anos. 

Alternou ainda esses trabalhos com o sítio paleontológico do Dino Titã, revelado em 2009 entre Marília e Júlio Mesquita, na SP-333 onde escava até hoje e de onde foi retirado, em 2012,  o mais completo Titanossauro já encontrado no Brasil, com  cerca de 70%  do esqueleto preservado,  em parceria com a Universidade de Brasília e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Igualmente importante o sítio paleontológico das aves primitivas descoberto em 2004 nos arredores de Presidente Prudente, considerado pelos pesquisadores do Museu de História Natural de Los Angeles (EUA) como único local em todas as Américas com ossos fossilizados preservados em 3D. Nava escava nesse sítio há quase 14 anos, e trouxe à luz importantes registros de uma fauna de pequenos vertebrados, só comparável aos que existem na China.

A divulgação dos achados pela imprensa chamavam a atenção do público de Marília e de toda a região, assim,  em fins de 2004  era inaugurado o Museu de Paleontologia de Marília pela Prefeitura Municipal,  , no centro de Marília - onde está  há mais de 13 anos e com ampla visibilidade atraindo visitantes não só daqui e da região, mas de todo o Brasil, já que se trata do único museu com essa temática em todo o centro oeste e oeste paulista.

"É uma satisfação enorme ver que já são 25 anos trabalhando com paleontologia, descobrindo fósseis e compartilhando esses achados com milhares de pessoas, ajudando assim na difusão da paleontologia e mostrando sua importância como ciência, além de divulgar do ponto de vista turístico e cultural nossa cidade e seu grande potencial, reconhecido hoje em todo país e também no exterior", lembrou Nava.

 Nava calcula que ao longo desses 25 anos, tenha coletado aproximadamente 3 mil fósseis, de diversos grupos de vertebrados considerando desde fragmentos até ossos fósseis completos, além de invertebrados.

Atualmente o paleontólogo atua em parceria técnico-científica com cerca de oito instituições brasileiras, entre universidades e museus, sendo uma delas do exterior (Los Angeles-EUA), e tem catalogado cerca de 12 sítios paleontológicos, situados em Marília e arredores,  dois desses sítios na região de Presidente Prudente, além de Adamantina e Lins, áreas com registros bem expressivos de fósseis do período  Cretáceo. Alguns desses fósseis estão em estudos e devem em breve, resultar em artigos científicos descritivos que serão disponibilizados para toda a comunidade científica mundial.








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